A Justiça Federal em Itaituba homologou a prisão em flagrante de dois pilotos bolivianos, detidos pela Polícia Federal (PF) sob acusação de tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico. A decisão foi proferida durante audiência de custódia, após a prisão dos suspeitos no último domingo (13), na Terra Indígena Munduruku, localizada na divisa entre os estados de Mato Grosso e Pará.
A Polícia Federal representou pela decretação da prisão preventiva dos acusados, e o Ministério Público Federal (MPF) emitiu parecer favorável ao pedido. O juiz federal responsável pelo caso concordou com os argumentos apresentados, destacando a existência de indícios suficientes para acreditar que os pilotos fazem parte de uma organização criminosa envolvida no tráfico internacional de drogas na região amazônica.
Os bolivianos foram presos após a queda do avião bimotor em que viajavam, ocorrida após interceptação realizada pela Força Aérea Brasileira (FAB). A aeronave, que partiu do Peru, foi identificada no espaço aéreo brasileiro sem plano de voo, o que motivou o acompanhamento da FAB e da Polícia Federal e, posteriormente, o procedimento de interceptação. Durante a operação, o piloto realizou um pouso forçado na área rural da terra indígena.
Os pilotos foram resgatados e encaminhados a um hospital em Alta Floresta, devido aos ferimentos sofridos na queda. Após receberem atendimento médico, foram transferidos para Cuiabá. Um dos suspeitos já recebeu alta e foi encaminhado à sede da Polícia Federal, enquanto o outro permanece hospitalizado sob custódia da polícia penal, mas seu estado de saúde não apresenta risco de vida.
Em buscas realizadas nos destroços da aeronave, a Polícia Federal encontrou 51 quilos de skunk, também conhecida como “supermaconha”. A apreensão da droga reforça as suspeitas de envolvimento dos pilotos com o tráfico internacional, e a prisão preventiva decretada pela Justiça Federal visa garantir a ordem pública e a continuidade das investigações.
A ação conjunta da Polícia Federal e da Força Aérea Brasileira demonstra o esforço das autoridades no combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas na região amazônica, considerada uma rota estratégica para o escoamento de entorpecentes.