O líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Dilmar Dal’Bosco (União), negou que houve falha na articulação com a base para manter o veto do governador Mauro Mendes à proibição do funcionamento de mercadinhos dentro das unidades prisionais.
Não parecia que ia acontecer e na hora da votação teve 13 votos
Na última quarta-feira, os deputados derrubaram o veto, permitindo que os mercadinhos voltem a funcionar nos presídios do Estado, nos termos que foram aprovados no Projeto de Lei aprovado pela Assembleia anteriormente.
“Eu trabalho com a consciência tranquila, tenho feito o meu papel de diálogo dentro do parlamento estadual, trazido resultado ao governo. Se a avaliação do governador for desse jeito, cabe a ele [decidir eventual mudança]. Estou tranquilo com o meu trabalho, são seis anos que estou na liderança com muito diálogo dentro do Parlamento”, afirmou nesta sexta (11).
“Já tinha um trabalho mais forte em questão da derrubada do veto, mas não parecia que ia acontecer e na hora da votação teve 13 votos”, disse, dando a entender que o resultado foi uma surpresa para o Governo.
Voto secreto
A votação para derrubada de vetos ocorre de forma secreta, portanto, não se sabe como votou cada parlamentar. Foram 13 votos a favor da derrubada do veto e 10 contra.
Entretanto, como o governo possui uma base de apoio na Casa de Leis de mais de 20 deputados, e grande parte dos votos veio de integrantes da base. O governador Mauro Mendes reagiu e cobrou publicamente que as votações fossem abertas.
Dilmar disse que o assunto já foi tratado na Casa e que não há clima entre os deputados para mudar o regimento e permitir que a votação de vetos seja aberta.
“Várias vezes já foi posto proposituras para votar dentro do Parlamento, já foi a plenário, e tivemos maioria esmagadora dos deputados não concordando. Então acredito que não vai alterar e vai continuar o voto secreto. O plenário é soberano”, encerrou.
Veja o vídeo:
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