O vereador Tenente Coronel Dias (Cidadania) defendeu o rompimento do contrato da Prefeitura de Cuiabá com a empresa CS Mobi, responsável pelo estacionamento rotativo no Centro da Capital.
Se o contrato não for vantajoso, e no final das contas não gerar benefícios sociais, ele deve ser anulado
Segundo o parlamentar, não há benefícios para a população e nem para a Prefeitura, que é obrigada a realizar aportes financeiros à empresa.
“Esse contrato precisa ser rompido, porque um dos critérios para a formalização de um contrato é a vantajosidade. Se o contrato não for vantajoso, e no final das contas não gerar benefícios sociais, ele deve ser anulado. E esse contrato está extremamente desproporcional”, afirmou, em entrevista ao MidiaNews.
O contrato foi firmado durante a gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e atualmente é alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal. O montante total do contrato é de R$ 650 milhões.
“A nova gestão entende que, pelo que a empresa se propõe a entregar, a contrapartida é muito inferior ao valor que vamos pagar nesse contrato. Portanto, não há vantajosidade. O que for supérfluo, precisamos cancelar, afinal de contas, nossa dívida atual é de cerca de R$ 2 bilhões”, declarou.
Ampliação do estacionamento
Segundo Dias, a empresa tem ampliado as vagas de estacionamento para bairros não comerciais, apenas com o objetivo de lucrar. A CS Mobi enfrentou críticas após criar vagas no bairro Jardim Cuiabá, uma área residencial que conta com unidades de saúde.
“Estou observando essa empresa ampliando o estacionamento rotativo em praticamente todas as vias possíveis em Cuiabá. Em regiões que precisam de rotatividade por questões comerciais, a medida faz sentido, mas agora estão expandindo para áreas onde isso não é necessário. Muitos moradores estão reclamando. Isso se resume a quê? À tentativa de arrecadar mais dinheiro da população”, afirmou.
“É só uma questão de cobrança. Então, você vê bairros como Jardim Cuiabá e Goiabeiras com esses estacionamentos que não fazem sentido, e são implementados apenas para arrecadar. Nesse ponto, eu não concordo”, concluiu Dias.
Veja: