O secretário de Estado de Segurança Pública, coronel da PM César Roveri, afirmou que não há indícios da atuação de milicianos em Mato Grosso.
A declaração foi dada nesta segunda-feira (24), durante o evento que anunciou o balanço dos primeiros quatro meses do programa Tolerância Zero, de combate às facções criminosas no Estado.
A Polícia Civil está investigando qualquer pessoa, independente de ser ou não ser funcionário público
“Nós não temos dados de milícia em Mato Grosso. A Polícia Civil está investigando qualquer pessoa, independente de ser ou não ser funcionário público, independente de ser ou não ser servidor da Segurança Pública… Ela será identificada, levada à Justiça e responderá pelo crime que cometeu”, afirmou Roveri.
A afirmação do secretário veio após questionamentos sobre a possível existência de grupos no Estado.
As milícias são grupos armados que tem como integrantes membros de organizações criminosas formadas, em sua maioria, por ex-policiais e/ou agentes de segurança. O grupo atua de forma clandestina para impor controle territorial e obter ganhos financeiros por meio de extorsões e atividades ilegais.
O secretário citou que, recentemente, houve a acusação de que PMs integrariam um grupo criminoso, mas não milícias.
Neste mês, a Polícia Civil prendeu cinco policiais militares acusados de integrar um grupo criminoso envolvido na morte do advogado Renato Gomes Nery, assassinado em julho passado em frente ao seu escritório na Avenida Fernando Correa, em Cuiabá.
“Tem o caso do advogado, ex-presidente da OAB, Renato Nery, em que as pessoas suspeitas estão identificadas e estão respondendo na Justiça pelo suposto crime que cometeram. Ou seja, identificados e levados às bases da Justiça”, disse.
“Com exceção desse caso, não vejo, não tenho dado concreto sobre a existência de milícia em Mato Grosso”, concluiu Roveri.
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