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Homem é preso por pornografia de menor com paralisia cerebral

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A Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), deflagrou, na manhã desta quinta-feira (27), a segunda fase da Operação Spotlight, para cumprimento de ordens judiciais em relação a um homem investigado por envolvimento em crimes de produção e armazenamento de material pornográfico infantil.
 

Não se trata apenas de punir, mas de interromper ciclos de violência silenciosa que se escondem por trás das telas

As ordens judiciais foram expedidas pela Comarca de Várzea Grande e tiveram como alvo o investigado, que é morador da cidade. As diligências investigativas foram realizadas pelas equipes da DRCI com o apoio da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
 
Durante as buscas, foram apreendidos diversos arquivos de mídia com imagens de pornografia infantil, confirmando o envolvimento do investigado no crime.
 
O alvo foi preso em flagrante pelo crime de armazenamento e divulgação de conteúdo pornográfico infantil, previsto no artigo 241-A, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). 

 
A investigação, realizada em inquérito policial instaurado na DRCI, teve origem depois do recebimento de sete denúncias do National Center for Missing & Exploited Children (NCMEC), entidade norte-americana que reporta crimes de abuso sexual infantil detectados em plataformas online. As denúncias foram centralizadas pelo sistema Rapina da Polícia Federal e, posteriormente, repassadas à DRCI para apuração.
 
Dentre os arquivos de mídia analisados, foi identificado um adolescente de 12 anos, portador de paralisia cerebral, filho de uma mulher com quem o investigado mantinha um relacionamento amoroso.
 
As investigações apontam que o suspeito aproveitava o momento em que a namorada ia fazer os cuidados pessoais e de higiene do filho, para criar as imagens pornográficas envolvendo a vítima. As imagens teriam sido carregadas em plataformas como Pinterest, Instagram e Google Photos, em momentos distintos, sugerindo a prática reiterada dos fatos.
 
As investigações da DRCI, que resultaram no deferimento das ordens judiciais, conseguiram demonstrar a conexão entre o suspeito e os crimes.
 
O delegado titular da DRCI, Guilherme Berto Nascimento Fachinelli, responsável pela investigação, destacou a gravidade do caso e a necessidade da medida para impedir a continuidade das condutas criminosas e assegurar a proteção de vítimas em situação vulnerável.
 
“A segunda fase da Operação Spothlight é mais um esforço da Polícia Civil de Mato Grosso em combater o abuso sexual infantil na internet, especialmente em casos envolvendo vítimas com deficiência, que demandam proteção ainda mais rigorosa do Estado. Não se trata apenas de punir, mas de interromper ciclos de violência silenciosa que se escondem por trás das telas”, disse o delegado.
 
As investigações seguem sob sigilo, com expectativa de novas diligências e perícias nos materiais apreendidos, que poderão revelar a participação de outros envolvidos ou vítimas ainda não identificadas.
 
Nome da operação
 
Spotlight é uma referência à premiada investigação jornalística do jornal The Boston Globe, que revelou extensos casos de abuso sexual infantil, pois reforça a ideia de trazer à luz o que está sistematicamente ocultado por redes de poder ou mecanismos de silêncio — algo muito semelhante ao que ocorre nas redes de abuso online.
 



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