O ministro da Agricultura Carlos Fávaro (PSD) foi uma das autoridades políticas que estiveram na festa de aniversário de 79 anos do ex-ministro José Dirceu, na noite desta terça-feira (11) em Brasília.
A felicidade ao receber mais um presente do Timão do meu querido amigo Carlos Fávaro
Dirceu foi acusado de ser um dos mentores do Mensalão, esquema de corrupção revelado em 2005, que envolvia o pagamento de propinas a parlamentares em troca de apoio político ao Governo no Congresso Nacional. Ele, entretanto, teve as condenações judiciais anuladas (leia mais abaixo).
Fávaro presenteou o petista com uma camisa do Corinthians e ao entregar brincou com o fato de o timão tirar o Santos, clube de Fávaro, do Campeonato Paulista no último fim de semana.
“É a [camisa] do modelo novo, que ganhou do Santos”, disse o ministro ao entregar o presente. O momento foi gravado e divulgado no Instagram de Dirceu, que agradeceu o mimo: “A felicidade ao receber mais um presente do Timão do meu querido amigo Carlos Fávaro”.
Além de Fávaro, Dirceu reuniu outros ministros de Estado, a cúpula da Câmara dos Deputados, líderes do centrão e membros da militância da esquerda.
A imprensa nacional noticiou a festa, que foi embalada por um discurso pró-Lula e contra o bolsonarismo. Segundo Dirceu, o governador de São Paulo e presidenciável Tarcísio de Freitas (Republicanos), “é o próprio bolsonarismo”, e não uma “alternativa” para comandar o País.
Essa é a primeira comemoração do aniversário do ex-ministro, que deve finalizar as festividades com uma feijoada no sábado (15), em São Paulo.
Mensalão e Lava Jato
José Dirceu foi ministro-chefe da Casa Civil no primeiro governo de Lula. Mas, após ser apontado como um dos mentores do escândalo do Mensalão, deixou o cargo de ministro em 2005. Dirceu chegou a ser condenado a uma pena de 7 anos e 11 meses de prisão. Em 2014, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu absolver do crime de formação de quadrilha.
Ele também foi condenado a mais de 20 anos de prisão em dois processos da Operação Lava Jato. Sua defesa pediu que fossem estendidos a ele os efeitos do julgamento do STF de 2021 que anulou várias condenações da operação por suspeição do então juiz Sergio Moro, hoje senador.
O STF no fim do ano passado acatou recursos do petista e arquivou parte dos processos.
Veja o vídeo:
