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Caso Renato Nery: PMs são suspeitos de “plantar” arma do crime em confronto forjado

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A investigação sobre a morte do advogado Renato Nery, ocorrida em julho de 2024, revelou um novo e perturbador elemento: os quatro policiais militares presos na Operação Office Crime – A Outra Face, deflagrada pela DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa) de Cuiabá na última quinta-feira (6), são suspeitos de terem “plantado” a arma utilizada no assassinato do advogado na cena de um confronto ocorrido sete dias depois do crime. A informação foi confirmada por uma fonte envolvida na investigação.
Os policiais Leandro Cardoso, Wailson Alesandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira e Jorge Rodrigo Martins, que integravam a Rotam, foram presos sob a acusação de envolvimento na morte do advogado. Um quinto policial, Heron Teixeira Pena Vieira, também apontado como suspeito, encontra-se foragido.
O confronto “Forjado”
O boletim de ocorrência do confronto, datado de 12 de julho de 2024, relata que os PMs Leandro, Wailson, Wekcerlley e Jorge responderam a um chamado de roubo de um Volkswagen Gol nas proximidades do Shopping Pantanal. Segundo o registro policial, três criminosos teriam participado do roubo. Na ação, duas pistolas teriam sido apreendidas com o trio, sendo uma Jericho e uma Glock.
A reviravolta no caso ocorre com a confirmação de que a numeração da pistola Glock apreendida nesse confronto é a mesma da arma utilizada para assassinar o advogado Renato Nery. A mesma Glock foi apreendida durante a Operação Office Crime nesta semana.
O boletim de ocorrência detalha que a viatura onde estavam os policiais Leandro, Wailson, Wekcerlley e Jorge localizou o Gol com os supostos criminosos. Ao perceberem a aproximação da polícia, os ocupantes do veículo teriam acelerado para fugir.
Durante a perseguição, o motorista do Gol teria repentinamente diminuído a velocidade para que os passageiros pudessem atirar contra os policiais. Um dos ocupantes teria descido do carro atirando, sendo baleado pelos PMs.
O B.O. prossegue narrando que a viatura colidiu na traseira do Gol, fazendo com que o veículo atravessasse o canteiro central. Um segundo envolvido, ao tentar sair do carro, teria sido arrastado e baleado. O condutor do Gol conseguiu fugir em direção a uma área de mata, abandonando o veículo e escapando a pé.
Os dois baleados foram encaminhados ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), onde um deles morreu. O outro, identificado como um adolescente de 16 anos, ficou internado.
Investigação aponta para simulação
A descoberta de que a arma utilizada no confronto é a mesma que matou o advogado Renato Nery levanta fortes suspeitas de que o confronto foi simulado pelos policiais para encobrir o assassinato do advogado e forjar uma situação de legítima defesa.
A Operação Office Crime continua em andamento, e a DHPP segue investigando a participação dos policiais na morte do advogado, assim como a motivação do crime. A prisão dos PMs e a descoberta da ligação entre a arma do crime e o confronto forjado representam um avanço significativo na busca pela verdade e pela justiça no caso Renato Nery.
*Com informações do MidiaNews



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