Guerra na Ucrânia: os 4 passos do plano da Europa para acabar com o conflito

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    Crédito, ReutersLegenda da foto, Líderes de Europa, Canadá e Turquia se reuniram em Londres neste domingo para debater os próximos passos da guerra na Ucrânia2 março 2025Atualizado Há 2 horasO anúncio aconteceu logo após uma cúpula que reuniu líderes de Europa, Turquia e Canadá em Londres neste domingo (2/3).Segundo Starmer, “a Europa deve fazer o trabalho pesado” em relação ao conflito na Ucrânia, mas o apoio dos Estados Unidos é necessário para que isso se concretize.Neste domingo, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky também se encontrou com o Rei Charles 3°.Quais são as quatro etapas do planoLogo após a cúpula, Starmer afirmou que cada nação deve contribuir da melhor maneira possível, e todos precisam aumentar a parcela de responsabilidade para acabar com o conflito.O primeiro-ministro do Reino Unido disse que os líderes concordaram com quatro etapas importantes nesse processo:Manter a ajuda militar para a Ucrânia enquanto a guerra estiver em andamento e aumentar a pressão econômica sobre a Rússia;Qualquer paz duradoura deve garantir a soberania e a segurança da Ucrânia, e a Ucrânia deve estar à mesa para quaisquer negociações de paz;No caso de um acordo de paz, os líderes europeus tentarão impedir qualquer invasão futura da Rússia na Ucrânia;Haveria uma “coalizão dos dispostos” para defender a Ucrânia e garantir a paz no país. Essa coalizão envolveria não apenas países europeus, mas de outras partes do mundo.Crédito, EPA-EFE/REX/ShutterstockLegenda da foto, Após a cúpula, Starmer falou em ‘encruzilhada da História”Estamos numa encruzilhada da História’Starmer afirmou que o planejamento das ações será intensificado agora, diante da urgência dos fatos.Ele também reafirmou o compromisso do Reino Unido em apoiar a Ucrânia com “botas no chão e aviões no ar”.”A Europa deve fazer o trabalho pesado”, ele declarou.Mas Starmer reforçou que um acordo precisa do apoio dos EUA.”Deixe-me esclarecer, concordamos com Trump sobre a necessidade urgente de uma paz duradoura. Agora precisamos entregar [isso] juntos.”Starmer ainda declarou que, durante a cúpula, os líderes concordaram em se reunir novamente em breve para “manter o ritmo por trás das ações” e continuar a trabalhar em direção a um plano compartilhado.”Estamos em uma encruzilhada na História”, disse Starmer.”Este não é um momento para mais conversas. É hora de agir e nos unir em torno de um novo plano para uma paz justa e duradoura”, concluiu ele.Após a cúpula, Zelensky foi questionado por jornalistas sobre o futuro do acordo sobre minerais com os Estados Unidos.Nos últimos dias, representantes do governo americano observaram que a Casa Branca está “deixando claro que o presidente ucraniano precisa ceder de alguma forma”.Zelensky respondeu que o acordo sobre minerais está pronto para ser assinado. “Somos construtivos. Se concordamos em assinar o acordo sobre minerais, estamos prontos para isso”, afirmou ele.”O acordo que está na mesa será assinado se as partes estiverem prontas”, concluiu Zelensky.Ao ser perguntado se a Ucrânia está aberta a ceder territórios à Rússia ou expressar algum arrependimento após o bate-boca com Trump, Zelensky defendeu que apenas queria “que a posição ucraniana fosse ouvida”.Crédito, ReutersLegenda da foto, Zelensky diz estar pronto para assinar acordo sobre minerais com os Estados Unidos’A Europa acordou’: a reação dos líderes após a cúpulaO primeiro-ministro polonês Donald Tusk disse no X (o antigo Twitter) que “a Europa acordou”.Tusk detalhou que os líderes presentes “falaram todos com uma só voz sobre ajudar a Ucrânia, a necessidade de uma cooperação transatlântica próxima e o fortalecimento da fronteira oriental”.Para a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, “a única coisa que não podemos permitir é uma paz [na Ucrânia] que não dure”.”Devemos ter muito cuidado ao avaliar o que está sendo proposto, particularmente em resposta a esta questão-chave: essa paz pode ser violada? Porque, infelizmente, já vimos isso acontecer no passado”, continuou ela.No X, o chanceler alemão Olaf Scholz mencionou que os “aliados transatlânticos” da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) continuam a ser “a chave para a segurança” de EUA, Canadá e Europa.Ele também disse que a aliança foi fortalecida nos últimos anos “com novos membros e gastos com defesa” e que esse é “o caminho que continuaremos a seguir no futuro”.O primeiro-ministro holandês Dick Schoof, também no X, reiterou que a Europa “deve assumir um papel maior em garantir a segurança do continente” e acrescentou que “boas relações transatlânticas são indispensáveis”.Crédito, EPA-EFE/REX/ShutterstockLegenda da foto, Meloni reforçou que o objetivo é buscar uma ‘paz duradoura’ na Ucrânia’É importante estar preparado para o pior’, diz chefe da Comissão EuropeiaA presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, descreveu a cúpula dos líderes como uma “discussão boa e franca”.Ela afirmou que houve debates sobre a necessidade de garantias de segurança abrangentes, que incluam colocar a Ucrânia em uma posição de força e garantir que ela tenha os meios para “fortificar e proteger” a si mesma.Ela diz que isso envolve fatores que vão desde sobrevivência econômica à resiliência militar.Von der Leyen também defendeu “um aumento [nos investimentos] de defesa”.”Agora é de suma importância que aumentemos os gastos [com defesa]… É importante estar preparado para o pior”, complementou ela.Von der Leyen mandou uma mensagem direta a Donald Trump: “Estamos prontos, juntos com você, para defender a democracia, para defender o princípio de que há um Estado de direito, de que você não pode invadir seu vizinho ou não pode mudar as fronteiras com a força.””É do nosso interesse comum evitar guerras futuras”, acrescentou ela.



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