Em meio à alta de casos de doenças como dengue e chikungunya na Capital, o prefeito Abílio Brunini (PL) admitiu que a situação no município está preocupante e que não deve melhorar nas próximas semanas.
Na minha avaliação, todo tipo de instrumento que vier para somar é benéfico
“A situação é crítica e eu acho que ainda vai piorar. As informações que a gente tem é que têm crescido significativamente os índices”, afirmou.
Desde 23 de janeiro, a Capital está sob o decreto de estado de emergência na área da Saúde Pública, em razão do risco de epidemia de arboviroses. E as unidades de saúde têm enfrentado lotação devido aos casos.
A manutenção do número elevado levou Abílio a tomar duas providências nesta semana: solicitar ao Governo do Estado o uso do fumacê e multar os proprietários de terrenos baldios que estejam sujos.
“Na minha avaliação, todo tipo de instrumento que vier para somar é benéfico. Se vai ajudar em 5%, tá bom, será 5% a mais de resultado. O que não dá é deixar como está”, disse sobre o fumacê, que tem a eficácia considerada muito baixa.
“A população está reclamando, os índices estão crescendo e nós estamos tomando medidas mais duras. Agora, nós vamos aplicar multas em cima dos terrenos baldios que ficam desassistidos pelo seu proprietário”, acrescentou.
Somente em 2025, foram registrados em Cuiabá 2.845 casos e 10 mortes por chikungunya, sendo que outras 8 ainda estão em investigação.
O número, que já é elevado, não representa a totalidade dos casos, já que há uma alta taxa de subnotificação, pois pessoas com sintomas leves costumam não procurar atendimento.
Já de dengue, foram 869 casos em 2025 e um óbito em investigação. Os dados são do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde.
“A Prefeitura também tem que dar exemplo, nós estamos pedindo ao secretário que limpe as praças, os espaços públicos, para que a gente não possa só cobrar sem dar exemplo. Mas nós temos que cobrar da população para fazer a sua parte”, encerrou.
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