As cidades de Manaus (AM) e São Paulo (SP) foram confirmadas como candidatas do Brasil para integrar a Rede de Cidades Criativas da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) – uma iniciativa que promove o desenvolvimento urbano sustentável por meio da cultura e da criatividade. As capitais do Norte e Sudeste do país concorrem, respectivamente, nas categorias de Gastronomia e Cinema.
As candidaturas foram confirmadas pelo Comitê de Seleção do Governo Federal, integrado por representantes do Ministério da Cultura (MinC), o Ministério do Turismo (Mtur) e a Comissão Nacional do Brasil para a Unesco (Ministério das Relações Exteriores). No total, foram apresentadas 23 candidaturas.
“Como cada país pode indicar apenas duas cidades, a etapa nacional de seleção funciona como uma chancela para aquelas cidades que poderão apresentar candidatura à Unesco. As duas escolhidas recebem uma carta de endosso do governo brasileiro, que deverá ser apresentada à organização junto com o dossiê de candidatura”, explica Andrea Guimarães, diretora de Desenvolvimento Econômico da Cultura, da Secretaria de Economia Criativa e Fomento Cultural (Sefic) do MinC.
O Brasil ocupa, atualmente, uma importante posição na Rede, ficando atrás apenas da China e empatando com a Itália no número de cidades criativas. Isso demonstra a importância das políticas públicas dos municípios e do governo federal para impulsionar o setor criativo como fator de contribuição para o desenvolvimento sustentável do país.
Agora, São Paulo e Manaus terão até 3 de março para formalizar suas candidaturas na plataforma da Unesco. Caso sejam selecionadas, as cidades se juntarão a um grupo de 14 cidades brasileiras já reconhecidas, entre elas estão Belo Horizonte, Paraty, Belém e Florianópolis (Gastronomia); Fortaleza, Curitiba e Brasília (Design); Salvador e Recife (Música); Santos e Penedo (Cinema); João Pessoa (Artesanato e Artes Populares); Campina Grande (Artes Midiáticas); e Rio de Janeiro (Literatura).
As escolhas das cidades foram baseadas em critérios estabelecidos pela Unesco e diretrizes fundamentais da Política Nacional de Economia Criativa – Política Brasil Criativo. Entre os critérios considerados, destacam-se: o alinhamento aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU); a história e o patrimônio das cidades; a sinergia com outras áreas criativas; a viabilidade financeira; a capacidade dos municípios de contribuir e engajar-se com a Rede; e o comprometimento das autoridades municipais com a candidatura. Além disso, o processo de seleção considerou o equilíbrio regional e o potencial das cidades para atuar em rede, visando fortalecer ecossistemas criativos locais e regionais.
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