Nos próximos dias, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Cuiabá) debaterá com empresários estratégias para o início das obras da Águas Cuiabá em bairros da região central e do Porto. A concessionária começa ainda em fevereiro a executar o projeto “Bacia da Prainha”, que ampliará a rede de esgoto em 18 km – diminuindo o risco de alagamento em importantes vias da cidade.
Trata-se do maior investimento da concessionária de saneamento da capital no ano de 2025. A projeção é aplicar cerca de R$ 44 milhões e o plano de ação foi apresentado nesta terça (11) à diretoria da CDL Cuiabá. O principal alvo das intervenções será o córrego da Prainha, que foi canalizado na década de 1980.
“Nossa intenção é replicar a parceria de sucesso com a CDL Cuiabá que fizemos no ano passado, durante as obras na região da Praça Popular”, explicou o diretor geral da Águas Cuiabá, Leonardo Menna. Na época, a entidade levantou junto aos lojistas quais seriam os melhores horários para que as obras não afetassem o fluxo de clientes.
“Assim que soubemos das obras, ouvimos nossos associados para identificar os melhores horários. Deu certo, e agora vamos repetir essa abordagem”, explicou o presidente da CDL Cuiabá, Júnior Macagnam. Em 2024, a entidade se reuniu com o empresariado, manteve um canal direto de comunicação com a concessionária e criou grupos no WhatsApp para troca de informação. Visitas in loco foram feitas por técnicos da Águas Cuiabá para orientar população e lojistas.
Plano de ação. O projeto da Águas Cuiabá tem objetivo de ampliar o acesso dos cuiabanos à coleta e ao tratamento de esgoto. Mas as obras também vão reduzir o risco de alagamento em uma grande área urbana de Cuiabá. Esse perímetro vai do bairro do Porto até o bairro Consil, englobando a Avenida Ten. Cel. Duarte (da Prainha), a região central da cidade e a Avenida Rubens de Mendonça (do CPA).
As obras começarão pelas regiões mais suscetíveis a alagamentos, como é o caso da área do Shopping Popular, na Avenida XV de Novembro, no Porto. O projeto prevê a construção de 18 km de rede de esgoto, de 5 km para reforçar a rede de drenagem pluvial e a implantação e/ou revitalização de cerca de 700 bocas de lobo. A limpeza dessas estruturas também está prevista.
“Durante a etapa de diagnóstico, chegamos a retirar mais de cinco toneladas de detritos e lixo da rede. Constatamos que a galeria tem disponibilidade para absorver a água da chuva, pois não está sendo usada em sua totalidade. Com a reforma de bocas de lobos e a instalação de filtros (grades), vamos reduzir significativamente o risco de alagamento”, explicou o gerente de Engenharia da empresa, Elson Yudi Yamamoto.
Desde 2024, o projeto “Bacia da Prainha” está sendo discutido tanto com a Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos Delegados de Cuiabá (Arsec) com a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra), informou o diretor geral da Águas Cuiabá.