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Polícia Civil cumpre prisões e buscas contra grupo de facção investigado por extorquir e ameaçar comerciantes em VG

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A Gerência e a Delegacia de Combate ao Crime Organizado (GCCO/Draco) deflagraram hoje a Operação “A César o que é de César”, visando combater um esquema de extorsão contra comerciantes em Várzea Grande. A operação cumpre mandados de prisão, busca e apreensão, sequestro de bens e bloqueio de contas de investigados ligados a uma facção criminosa.
Dois suspeitos são os principais alvos da investigação. Eles são acusados de ameaçar e extorquir lojistas, exigindo o pagamento de uma “taxa de funcionamento” sob pena de terem seus estabelecimentos incendiados. As ameaças e represálias se estendiam também a funcionários e familiares das vítimas.
De acordo com o delegado Antenor Pimentel Marcondes, responsável pela investigação, a extorsão se tornou a mais recente prática da facção para obtenção de recursos ilícitos. “A GCCO tomou conhecimento das extorsões a atacadistas de acessórios e peças de celulares no camelódromo de Várzea Grande e, após diligências, confirmou a veracidade dos fatos. As vítimas estavam extremamente amedrontadas”, afirmou o delegado.
A investigação teve início em novembro de 2024, após denúncias de comerciantes coagidos a pagar 5% do seu faturamento mensal para a facção. Além das ameaças diretas, o grupo intimidava vítimas e testemunhas utilizando duas advogadas para “acompanhar” depoimentos à Polícia Civil, sem que os depoentes tivessem solicitado seus serviços. A GCCO investiga, portanto, também o crime de embaraço à investigação.
O principal alvo da operação, O.R., conhecido como “Shelby”, é apontado como líder do esquema. Apesar de registrado como funcionário de uma churrascaria em Cuiabá, Shelby não exerce atividades no local e ostenta um patrimônio incompatível com sua renda declarada, incluindo veículos de luxo e imóveis, que estão sendo sequestrados pela Justiça. Ele responde a processos por homicídio, furto, roubo e integração de organização criminosa.
Shelby se apresentava como “disciplina” da facção ao abordar os lojistas. Junto com seu cúmplice, C.R.L.S., conhecido como “Maxixi”, monitoravam as rotinas dos comerciantes e mantinham presença constante nos estabelecimentos sob o pretexto de oferecer “segurança”. Diante da recusa em pagar, o grupo recorria a ameaças de morte, violência física e incêndios.
Para intimidar as vítimas, Shelby fazia chamadas de vídeo em grupo pelo WhatsApp, definindo valores e métodos de pagamento, que podiam ser feitos em dinheiro ou Pix. Ele utilizava a imagem de Tommy Shelby, personagem da série Peaky Blinders, para ocultar sua identidade e alegava manter contato direto com líderes criminosos presos. Maxixi reforçava as ameaças e, em alguns casos, agia com violência na cobrança das taxas.
“Sob a falsa alegação de oferecer segurança, esses criminosos pressionavam, coagiam e amedrontavam as vítimas”, destacou o delegado Antenor. As ordens judiciais foram expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá.
A GCCO incentiva a população a denunciar fatos semelhantes, garantindo o sigilo das informações, pelos telefones (65) 98173-0700 ou 197.
 



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