A vereadora Michelly Alencar (União) vai propor uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) contra o ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), para investigar possíveis fraudes fiscais em sua gestão.
Esse ano, vários serviços essenciais que a população precisava de continuidade não puderam acontecer
Em conversa com a imprensa, a vereadora argumentou que supostas fraudes fiscais na Prefeitura teriam prejudicado a atual gestão do prefeito Abilio Brunini (PL), que assumiu em janeiro.
“O motivo é que nós tivemos fraudes fiscais absurdas, fraudes inclusive que já vínhamos anunciando nas próprias prestações de contas. Desde 2021 a prestação de conta da Prefeitura vinha com algumas ressalvas. Essas ressalvas nunca foram sanadas e a bola de neve foi aumentando”, afirmou.
“E a gente teve supostas fraudes em contratos que impactaram serviços essenciais para gestão próxima. Esse ano, vários serviços essenciais que a população precisava de continuidade não puderam acontecer porque tivemos algumas fraudes nesses contratos. E vamos investigar”, completou.
A vereadora ainda disse que essas supostas fraudes fiscais não puderam ser detectadas durante a transição, pois os antigos secretários suprimiram informações sobre a situação real das Pastas.
Michelly afirmou que o comportamento dos ex-secretários foi “absurdo” e algo que ela nunca tinha visto na gestão pública.
“Foram pedidos relatórios de todo o processo da secretaria para que a gente tivesse uma noção como a secretaria chegava ao fim da gestão. E teve secretaria que apresentou uma folha sulfite incompleta”, disse.
“[…]Tiveram uma demora absurda e muita resistência. E aquilo que foi apresentado, agora que a gestão tomou pé da situação, estava muito longe da realidade”.
Expectativa
A vereadora disse esperar que a CPI seja aprovada pela maioria na Câmara, pois, segundo ela, a investigação é de interesse dos cuiabanos.
Segundo a parlamentar, não são apenas denúncias contra o ex-prefeito, mas algo que está sendo acompanhado há tempos pelo Tribunal de Contas do Estado, Ministério Público Estadual e Ministério Público de Contas.
“A gente tem a prova, não é por acaso que foram 23 operações. Sempre em algum momento a gente tinha uma situação que apontava que as irregularidades, principalmente no erário público, estavam acontecendo”.
Veja vídeos: