Presidente da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Max Russi (PSB) pregou cautela ao comentar sobre o andamento das obras do BRT em Cuiabá e sobre a possibilidade de o Governo do Estado rescindir o contrato com o consórcio responsável pela obra.
Com uma rescisão poderíamos ter um litígio judicial e essa obra ficar parada por vários anos
Segundo o parlamentar, a situação chega a ser triste, pois está causando prejuízos ao comércio da região e transtornos para a população.
“É triste a situação do BRT. Tem causado prejuízo para o comércio, para a população. Nós temos que ter muita cautela. Não sei se o melhor caminho nesse momento seria uma rescisão”, disse em entrevista à Rádio CBN Cuiabá nesta terça-feira (4).
“Isso me preocupa bastante, porque com uma rescisão poderíamos ter um litígio judicial e essa obra ficar parada por vários anos. Isso seria muito ruim”, completou.
A possibilidade de rescisão do contrato já foi levantada pelo governador Mauro Mendes (União) e defendida pelo presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo. Colega de Max, o deputado estadual Eduardo Botelho (União) também pregou cautela sobre rescisão e risco de prolongamento do tempo de obra.
De acordo com Max, a Assembleia Legislativa pode ajudar no diálogo com o Consórcio.
“O que eu defendo é que o Governo do Estado, que já notificou várias vezes a empresa e não teve uma solução, se quiser, junto com a Assembleia e TCE, a gente possa ver o gargalo que está dificultando o andamento dessa obra e isso ser resolvido”.
“Se procurar todas as tentativas para resolver junto com a empresa, caminho que seria ideal. E se isso não tiver condições, buscar um outro caminho. Se buscar uma rescisão abrupta pode parar na Justiça e termos um problema que causa um transtorno muito grande se prolongando por muito tempo”, encerrou.
A Sinfra (Secretaria de Estado de Infraestrutura) divulgou recentemente que já notificou o consórcio cerca de 50 vezes. .
O grupo que venceu a licitação para tocar as obras é formado pelas empresas Nova Engevix Engenharia e Projetos, Heleno & Fonseca Construtécnica e Cittamobi Desenvolvimento em Tecnologia.
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