A vereadora Michelly Alencar (União) defendeu a abertura da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) proposta pelo vereador Rafael Ranalli (PL) para investigar o contrato entre Prefeitura de Cuiabá e a empresa CS Mobi, que instituiu o estacionamento rotativo na região central.
O prazo já acabou e vai se estendendo. Com certeza, minha assinatura [para abertura de CPI] vai estar lá
Segundo ela, não houve melhorias no Centro, como prometido na gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
“Desde o início não apoiei. A Prefeitura validou esse contrato, começou a vigorar o estacionamento rotativo e até hoje a gente não viu melhoria no Centro. Ou seja, a população está pagando, o comércio está sentindo e a cidade não está evoluindo”, afirmou.
De acordo com o contrato, a CS Mobi ficaria responsável pela construção do Mercado Municipal Miguel Sutil, localizado na Avenida Isaac Póvoas. Entretanto, as obras seguem em ritmo lento. Também deveria fazer uma requalificação no Centro.
“Acho que o cidadão não ficaria revoltado se ele pagasse e estivesse vendo como a cidade está evoluindo, melhorando. Mas a gente não vê uma evolução, a gente não vê entrega. O prazo já acabou e vai se estendendo. Com certeza, minha assinatura [para abertura de CPI] vai estar lá”, disse.
Para uma CPI ser aberta na Câmara é necessário que o requerimento seja assinado por pelo menos um terço dos vereadores, ou seja, nove deles. Nos bastidores, ao menos seis já se mostraram favoráveis.
O requerimento apresentado por Ranalli, que deve ser apreciado já na próxima semana após a abertura dos trabalhos legislativos, leva em conta a fala do prefeito Abilio Brunini (PL), que relatou termos do contrato que não são viáveis financeiramente para a Prefeitura, como pagar para a CS Mobi a diferença do estacionamento que não é usado pela população.
Além disso, a CS Mobi teria feito um empréstimo no final de 2024, utilizando a Prefeitura como fiadora, sem um parecer da PGM (Procuradoria Geral do Município).
“Era um contrato que a gente questionou muito. E desde as primeiras discussões, quando isso chegou à Câmara, eu falei: ‘Isso não está claro, não tem parâmetros pactuados de forma legítima, porque se fosse assim, a gente poderia até pagar”, concluiu.
O contrato com a CS Mobi foi firmado durante a gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
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