O presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Sérgio Ricardo, sugeriu que o governador Mauro Mendes (União) rompa o contrato com o consórcio responsável pela construção do BRT (ônibus de trânsito rápido) em Cuiabá e Várzea Grande.
A dica, entendo que é o caminho, é o Governo rescindir com essas três empresas. Fazer um emergencial
Sérgio Ricardo esteve na manhã desta quinta-feira (30) fiscalizando o andamento da obra na Avenida do CPA. Para ele, o consórcio não tem condição de finalizar a construção.
“Nós temos uma opinião formada no Tribunal de Contas de que essas três empresas definitivamente não têm condição de tocar e terminar essa obra”, afirmou à imprensa.
“Então, a dica, entendo que é o caminho, é o Governo rescindir com essas três empresas. Fazer um emergencial e trazer uma empresa que comece e termine, com prazo para começar e terminar”, acrescentou.
O grupo que venceu a licitação para tocar as obras é formado pelas empresas Nova Engevix Engenharia e Projetos, Heleno & Fonseca Construtécnica e Cittamobi Desenvolvimento em Tecnologia.
A obra modal em Cuiabá teve início em janeiro do ano passado e deveria ter sido entregue em outubro. Porém, o prazo não foi cumprido e ainda não há uma nova previsão de conclusão.
O Governo do Estado tem feito cobranças constantes ao consórcio, que já foi notificado 50 vezes pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra).
Ainda esta semana, Mendes admitiu a possibilidade de romper o contrato com o grupo, porém reiterou que este seria um caminho complicado devido aos tramites legais.
Para o presidente do TCE, já é possível ver prejuízo devido ao atraso, principalmente para os cuiabanos.
“Nós percorremos aqui o dia inteiro, a semana toda andando aqui [na avenida], e não tem gente trabalhando. […] Não adianta mais ficar conversando com essas empresas, elas já demonstraram que não tem estrutura e não tem condições”, disse.
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