Início GERAL Inflação dos alimentos assombra Lula desde 2023 e opções são limitadas

Inflação dos alimentos assombra Lula desde 2023 e opções são limitadas

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O governo federal intensificou a busca por medidas capazes de reverter a alta no preço dos alimentos que chegam às mesas dos brasileiros. A inflação que incide sobre esses itens preocupa a cúpula do Executivo, já que é apontada como uma das razões de impopularidade do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As ações que o governo pode lançar mão, entretanto, são limitadas.
 
Após reunião com Lula, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, listou as medidas que o governo tem em vista para reverter o cenário de inflação. O governo anunciou que vai reduzir o imposto de importação de alimentos se for necessário e descartou medidas heterodoxas, como o tabelamento de preços.
 
Resumo:
 
A alta no preço dos alimentos preocupa o governo federal. A cúpula do Executivo vê reflexos na popularidade;

 
A cúpula do governo federal se reuniu durante a semana para discutir medidas. Foi anunciada, então, possibilidade de reduzir imposto de importação de alimentos “se necessário”;
 
O governo, entretanto, descartou medidas heterodoxas como o tabelamento de preços.
 
A principal aposta do governo, no entanto, é na “supersafra” prevista para este ano. “A expectativa é extremamente positiva de uma supersafra esse ano. E nossa expectativa é que, na lei de mercado, uma maior oferta leva a um menor preço”, afirmou Rui Costa em coletiva de imprensa nessa sexta (24).
 
Embora os alimentos tenham tomado centralidade na pauta do governo recentemente, esse assunto está no radar mesmo antes do início da gestão. Cabe lembrar que a redução no preço dos alimentos esteve entre os motes da campanha de Lula em 2022. Já com o petista eleito, em 2023, o Executivo demonstrou preocupação com o tema. O presidente se reuniu mais de uma vez com ministros para tratar sobre o preço da comida na mesa do brasileiro.
 
Assim, como medida, foi anunciada a ampliação do Plano Safra. No total, foram disponibilizados R$ 364,2 bilhões em crédito rural. A edição seguinte chegou a R$ 400,59 bilhões.
 
Além do crédito aos médios e grandes produtores, a gestão Lula anunciou o apoio para a agricultura familiar, por meio do acesso a crédito e do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
 
“Essas pessoas são responsáveis pela produção de muitas coisas que nós comemos, como arroz, feijão, porco, galinha. E essa gente precisa ter uma ajuda melhor, porque é essa gente que pode baratear o custo da comida que a gente come”, disse Lula em junho de 2023.
 
Outra aposta para baratear os preços dos alimentos estava na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Ainda em 2023, o órgão retomou a formação de estoques públicos de alimentos, medida capaz de diminuir as variações de preços dos produtos.
 
Entretanto, o cenário atual extrapolou essas ações. A principal explicação, segundo o governo, está nos fenômenos climáticos extremos, como secas, queimadas e inundações, terem atingido regiões produtoras de alimentos. Um exemplo disso é o que ocorreu no Rio Grande do Sul, situação que influenciou diretamente o preço do arroz.
 
Além disso, as entidades do setor apontam que o aumento dos preços de materiais para embalagens, somado à elevação nos custos de combustíveis e energia, contribuiu para elevar significativamente os custos de produção.
 
Dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam que, em 2024, a inflação acumulada ficou em 4,83%. O resultado foi influenciado principalmente pelo grupo Alimentação e Bebidas.



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