A vereadora Maysa Leão (Republicanos) disse discordar com uma suspensão imediata da distribuição de marmitas para as pessoas em situação de rua em Cuiabá, proposta pelo prefeito Abilio Brunini (PL) na última semana.
Eu disse que é preciso tomar cuidado com decisões abruptas, porque a fome não espera
Entretanto, ela defendeu que haja um processo de transição, para que o morador seja acolhido e tenha um tratamento.
“Uma suspensão imediata e a proibição que ONGs e associações atuem não é o melhor caminho. Eu acredito que o prefeito toma algumas atitudes [no impulso], mas depois ele ouve, volta atrás, assim como voltou atrás em alguns posicionamentos na área da Saúde”, disse.
“Eu acredito que ele vai revisar [essa decisão]. Ele já ouviu várias pessoas e já me ouviu a respeito desse tema. Eu disse que é preciso tomar cuidado com decisões abruptas, porque a fome não espera”.
Apesar de discordar da suspensão imediata, Maysa criticou a forma com que estava sendo feita a distribuição na gestão passada.
“A forma como estava sendo feita [a distribuição] era equivocada sim, a beira do Rio Cuiabá e o entorno da rodoviária está toda suja de marmitas. Na gestão passada a ideia era que fossem distribuídas até 3 mil e nunca conseguiram distribuir mais de mil em um dia”.
Além disso, ela defendeu que é preciso mudar o modelo atual, desde que não seja abruptamente, sem nenhuma transição.
“A forma como estava sendo feito não gerava a possibilidade de uma transição, dessa pessoa ser acolhida e poder fazer um tratamento. A proposta que Abilio tem de fazer um local de acolhimento, atendimento e encaminhamento, esse é o sonho. A gente precisa mudar a solução, mas que não seja de forma abrupta”, encerrou.
Ideia de Abilio
O prefeito havia defendido o fim da distribuição das marmitas doadas pela Prefeitura às pessoas em situação de rua para criar um lugar fixo para que essas pessoas possam fazer sua refeição e, assim, tirá-las desses lugares públicos.
Além disso, Abilio disse ter a intenção de proibir que ONGs e igrejas também fizessem a distribuição. Segundo ele, a gestão pretende estabelecer um centro de assistência social em um edifício na Avenida das Torres, onde serviços de alimentação e Saúde devem ser ofertados.
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