O ministro Rui Costa (Casa Civil) afirmou nesta sexta-feira que o governo avalia reduzir alأquotas para conter a alta no preأ§o dos alimentos. Uma reuniأ£o com o presidente Lula nesta sexta-feira debateu medidas para mitigar a inflaأ§أ£o. Entenda: O que o governo quer mudar no vale-refeiأ§أ£o para ajudar a combater a inflaأ§أ£o de alimentosVeja tambأ©m: Haddad diz que regulamentaأ§أ£o do vale-refeiأ§أ£o e alimentaأ§أ£o pode reduzir preأ§o de alimentos — Se os preأ§os desses produtos no mercado internacional estiverem mais baixos do que no mercado nacional, isso serأ، rapidamente analisado e a alأquota de importaأ§أ£o desses produtos serأ، reduzida. Ou seja, os produtos que estejam com o preأ§o interno maior do que o preأ§o externo, nأ³s atuaremos na reduأ§أ£o de alأquota para forأ§ar o preأ§o a vir pelo menos para o patamar internacional. — disse Costa. O ministro acrescentou que “nأ£o terأ، subsأdio, supermercado estatal, fiscal do Lula nem alimento sendo vendido fora do prazo de validade”. Costa disse ainda que os preأ§os dos alimentos “se formam no mercado e nأ£o artificialmente” e que as expectativas para 2025 sأ£o “positivas” em funأ§أ£o do aumento da produأ§أ£o de alimentos. O ministro tambأ©m negou a possibilidade de “congelamento” de preأ§os. — A convicأ§أ£o do governo brasileiro أ© que os preأ§os se formam no mercado, nأ£o sأ£o feitos artificialmente — disse Costa. — Para 2025, as expectativas sأ£o extremamente positivas de uma supersafra e isso farأ، com que tenha uma maior oferta que vai levar a um menor preأ§o. Hأ، uma expectativa forte. A Conab, na pesquisa que faz em todas regiأµes com vأ،rios produtos, tambأ©m apresentou uma expectativa crescimento bastante robusto da safra desse ano. Por exemplo, o arroz terأ، crescimento de 13%, feijأ£o de 5%, e a safra em geral terأ، aumento 8,2%. Segundo Costa, Lula pediu aos ministros um “foco maior” na definiأ§أ£o de polأticas para o setor. — Nأ³s tambأ©m vamos dialogar com o mercado, vamos fazer reuniأµes com produtores para ter sugestأµes de como reduzir preأ§os, aumentar produأ§أ£o. Vamos chamar as redes de supermercados e os frigorأficos grandes e mأ©dios para que possamos dialogar com o mercado medidas de estأmulo da produأ§أ£o. O ministro acrescentou que a inflaأ§أ£o em 2024 foi provocada pela pressأ£o do cenأ،rio externo: — Foi apresentado um quadro onde se apresentou uma influأھncia muito forte de preأ§os de produtos que os economistas chamam de commodities, cafأ©, soja, milho, laranja, sأ£o preأ§os que sأ£o definidos no mercado internacional pela variaأ§أ£o histأ³rica dos preأ§os — disse Rui Costa— Portanto أ© um cenأ،rio que nأ£o tem a ver com a economia brasileira, tem a ver com os preأ§os internacionais dessas commodities — completou o ministro. O ministro da Agricultura, Carlos Fأ،varo, afirmou que Lula pediu a ele e ao titular do Desenvolvimento Agrأ،rio, Paulo Teixeira, que continuem com as polأticas de estأmulo de produأ§أ£o de alimentos. — O segundo esforأ§o أ© concentrar as medidas nos alimentos que compأµe a cesta bأ،sica do brasileiro e aumentar a produtividade do pequeno produtor — completou Teixeira. O ministro Rui Costa ainda falou sobre a medida citada nesta quinta pelo ministro da Fazenda, Fernnado Haddad, de regulamanetaأ§أ£o do mercado de vales refeiأ§أ£o e alimentaأ§أ£o. A ideia do governo, أ© aplicar mudanأ§as no Programa de Alimentaأ§أ£o do Trabalhador (PAT), que concede incentivos fiscais a companhias que oferecem VA e VR para os funcionأ،rios e atuar sobre o custo de intermediaأ§أ£o das operadoras. Segundo Rui Costa, dados apresentados por redes de supermercados mostram que esse custo atualmente gira em torno de 10% a 15% dos benefأcios. — Obviamente quando tem algum intermediأ،rio se apropriando do benefأcio do trabalhador, nأ³s temos que adotar medidas para que esse valor chegue diretamente ao trabalhador — afirmou. Participaram da reuniأ£o com Lula os ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Esther Dweck (Gestأ£o), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrأ،rio) e Carlos Fأ،varo (Agricultura). Em reuniأ£o liderada pela Casa Civil nesta quinta-feira, integrantes do governo fizeram um diagnأ³stico para identificar as diferentes causas do problema e traأ§aram possibilidades para atacأ،-las, mas foi sأ³ a primeira etapa da discussأ£o. O foco أ© pensar em instrumentos para que as condiأ§أµes de oferta e produأ§أ£o sejam adequadas para abastecer o mercado domأ©stico com os principais alimentos da dieta do brasileiro a um preأ§o apropriado. Uma possibilidade levantada por quem participa da discussأ£o أ© aumentar o crأ©dito agrأcola e assistأھncia tأ©cnica. Dieese: Quase nove em cada dez acordos salariais em 2024 tiveram reajustes acima da inflaأ§أ£o O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tambأ©m citou que a regulamentaأ§أ£o de mecanismos para aumentar a competiأ§أ£o em cartأµes de refeiأ§أ£o e alimentaأ§أ£o podem ajudar a baratear os preأ§os para o consumidor. Hoje, as taxas cobradas no VR e no VT sأ£o elevadas e pesam sobre os lojistas. Mas a regulamentaأ§أ£o do tema estأ، travada hأ، mais de dois anos, com uma queda de braأ§o entre a Fazenda e o Banco Central sobre quem deve tratar do assunto. O BC, citado por Haddad nesta quinta, jأ، afirmou mais de uma vez que nأ£o tem competأھncia para tratar de cartأµes de benefأcios e esse entendimento deve se manter na gestأ£o de Gabriel Galأpolo. Hأ،, ainda, divergأھncias no diagnأ³stico entre as diferentes أ،reas do governo. Os ministأ©rios ligados أ agricultura consideram que o problema maior أ© o efeito do dأ³lar, que tem baixado nos أ؛ltimos dias. Na أ،rea econأ´mica, o impacto da desvalorizaأ§أ£o cambial no custo dos insumos agrأcolas tambأ©m أ© considerada, mas hأ، ainda a anأ،lise de que a produأ§أ£o local e externa foi prejudicada por eventos climأ،ticos e de que a demanda dos outros paأses por produtos brasileiros, como carne e cafأ©, tambأ©m cresceu. Dأ³lar a R$ 5,92 veio para ficar? Vale a pena comprar agora? Veja o que dizem os especialistas Alأ©m do diagnأ³stico, os ministros envolvidos na discussأ£o tambأ©m estأ£o se debruأ§ando sobre as aأ§أµes jأ، adotadas pelo governo. Dentre as medidas consideradas acertadas pela equipe econأ´mica, estأ£o as medidas para fortalecer a agricultura familiar. Houve aumento de 43% no volume de recursos disponibilizados no Plano Safra e aumento da produأ§أ£o de alimentos como feijأ£o, cebola, cenoura, batata e abأ³bora. Outro programa considerado bem-sucedido foi o lanأ§amento de contratos de opأ§أ£o para estimular a produأ§أ£o de arroz em meio أ tragأ©dia no Rio Grande do Sul e apأ³s o cancelamento do controverso leilأ£o do cereal. A avaliaأ§أ£o أ© que o incentivo funcionou, elevou a produأ§أ£o do arroz e deve ajudar a conter os preأ§os este ano. Nesta quarta-feira, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o governo faria um conjunto de reuniأµes para buscar um “conjunto de intervenأ§أµes” que sinalizem para o barateamento dos alimentos. Ao citar uma reuniأ£o de Lula com representantes do setor de supermercados realizada no final do ano passado, Costa disse que foram sugeridas “algumas medidas e nأ³s vamos implementأ،-las agora nesse primeiro bimestre”. Depois, Costa modulou as declaraأ§أµes ao rechaأ§ar, em entrevista ao canal CNN Brasil, que haveria intervenأ§أ£o de preأ§os. — Para nأ£o ter ruأdo de comunicaأ§أ£o e para ninguأ©m ficar derivando para outras imaginaأ§أµes, vamos substituir a palavra intervenأ§أµes por medidas. O que o presidente Lula estأ، orientando, coordenando, أ© que nأ³s possamos reunir com a sociedade, com os ministros, e colher as sugestأµes daquelas iniciativas que podem contribuir para maior oferta de alimentos — disse o ministro Rui Costa. Governo fala em â€کmedidas’ contra inflaأ§أ£o de alimentos. Veja o que estأ، em discussأ£o Sobre acatar as sugestأµes da Abras ainda no primeiro bimestre, o ministro voltou atrأ،s ao dizer que nأ£o hأ،, ainda, definiأ§أ£o sobre quais medidas serأ£o adotadas. Costa jأ، rejeitou um dos principais pleitos da entidade: a flexibilizaأ§أ£o de prazos de validade em categorias de alimentos nأ£o perecأveis, que passariam a ser sugestأ£o ao consumidor. Nesta quinta, o ministro Paulo Teixeira disse que o uso da palavra “intervenأ§أµes” por Rui Costa foi um “equأvoco de comunicaأ§أ£o”.
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