Saiba como é o jantar de R$ 2 mil do Lasai, eleito o melhor restaurante do Brasil e 7º da América Latina pelo 50 Best

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É jantar que emociona. São 15 serviços: dez entradas, três principais e duas sobremesas. Chegam em pequenas porções. Então, não desanime (ou se anime demais). Adianto que as sensações valem por muitas. E as revelações também. Não identificaria, nem imaginaria, por exemplo, um flan de milho com ouriço e coco. Para quem cumprir o menu harmonizado, as taças acompanham o giro e surpreendem igualmente. Uma cerveja, por exemplo, pode passar perfeitamente por vinho. Em suma: nada no Lasai, o restaurante do Rafa Costa Silva, é previsível (nem a trilha sonora). Pelo contrário: por duas horas — que podem custar mais de R$ 2 mil, sendo R$ 1.250 pelo menu e R$ 638 pela harmonização, mais o serviço— só temos surpresas. Adoráveis surpresas. Não por acaso, o Lasai ficou na 7ª posição no ranking do 50Best da América Latina (o melhor brasileiro da lista), divulgado terça-feira.

Os dez clientes sentados na bancada voltada para a cozinha aberta (esqueça cheiro de gordura ou comida, não tem nada disso) não sabem o que terão pela frente. A cesta de verduras, legumes e tubérculos, que funciona como um arranjo decorativo, é a única pista do que teremos pela frente. O que está ali, mesmo que irreconhecível, entrará na roda.

São os cozinheiros (Rafa junto) que fazem, servem e explicam cada fase à mesa. Abre com a saladinha verde. Saladinha? É um cracker de folha desidratada com creme de ervas e araruta. Para comer de bocada, com a mão. A linhaça é desidratada, estalante, com ricota e beterrabas de cores que você nunca viu por aqui. O biscoito de polvilho traz palmito fresco e vieiras, e a quinoa é uma telha, que vem com berinjela e mostarda. O chuchu é empanado e traz um naco de bluefin. E tem ainda o tal flã de milho, que vem no potinho, com coco e ouriço.

Os patacones (banana verde frita) trouxeram uma rabada se desmanchando. Foi quando chegou a cesta de pães, anunciando a partida para os principais. Peixe com abobrinha, acelga (lindeza); porco (moura, o nosso pata negra) com funcho, cebola e pepino melão; salmão, biri-biri, salsão e manjericão. Ah, e tem o detalhes dos talheres aquecidos no forno. Muda tudo. Mochi de jabuticaba e hisbisco, creme fresco de amoras e fim da série. O café é coado na bancada por a Maíra Freire, melhor sommelière do país, que atua com precisão e sem afetação (que alívio).

Na saída, finalmente o cardápio! Estava dentro de uma caixinha de chocolate, um minicartão com explicações minimalistas, que pouco ou nada adiantaram. Se precisava? Nem um pouco: já tínhamos vivenciado intensamente cada um deles. E guardado conosco.

Lasai: Largo dos Leões 35, Humaitá (3449-1854). Ter a sex, das 20h à meia-noite. Sáb, das 20h às 2h.

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