Desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022, doze brasileiros morreram em combate, segundo o Itamaraty. O cálculo exclui o nome de Tiago Nunes, de 19 anos, paraense que se voluntariou para lutar contra a Rússia e teria morrido na última quinta-feira. O governo ucraniano ainda não comunicou oficialmente a morte do brasileiro, o que costuma demorar.
Entre as vítimas, está o paranaense Murilo Lopes Santos, de 26 anos, que morreu em julho enquanto lutava ao lado das forças ucranianas contra a invasão russa. Sua mãe, Rosângela Pavin, lamentou nas redes sociais a perda precoce do filho, que havia se engajado no conflito.
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Antônio Hashitani, de 25 anos e natural de Curitiba, trancou a matrícula no curso de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR) para se dedicar a projetos humanitários, antes de deixar o Brasil para se voluntariar na guerra. Ele atuava ao lado de um grupo paramilitar em Bakhmut quando foi morto, em agosto de 2023.
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André Luis Hack Bahi, de 44 anos e natural de Porto Alegre (RS), estava na Ucrânia desde o início da guerra, lutando pela Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia. Ele morreu em 4 de junho de 2022, após ser atingido enquanto tentava resgatar dois combatentes sob fogo cruzado. André deixou sete filhos.
Douglas Rodrigues Búrigo, de 40 anos e natural de São José dos Ausentes, no Rio Grande do Sul, estava na Ucrânia há dois meses quando morreu em julho de 2022, em Kharkiv. Ele atuava ao lado do Exército ucraniano e foi atingido durante um ataque aéreo. Segundo sua família, Búrigo inicialmente tinha a intenção de prestar serviço humanitário, mas acabou se engajando na linha de frente.
Thalita do Valle, de 39 anos e natural de Ribeirão Preto (SP), morreu asfixiada em julho de 2022 após um incêndio no bunker em que se abrigava, pouco tempo depois de chegar ao país para atuar com a Legião Estrangeira Ucraniana. Ela havia se juntado ao conflito apenas três semanas antes de sua morte.