O governador Mauro Mendes (DEM) e mais 13 chefes de executivos estaduais assinaram uma carta em que afirmam estarem “no limite de suas forças” e pedem ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para tomar medidas imediatas para compra de imunizantes contra a Covid-19.
Em curva ascendente em todo o País – tanto em número de casos confirmados quanto de óbitos –, o novo coronavírus tem exaurido os poderes.
Conforme os gestores, a abertura de novos leitos de UTI, contratação de profissionais, compra de equipamentos e orientação da população sobre a importância do distanciamento não têm bastado para barrar a pandemia.
“Os Entes Federados têm envidado todos os seus esforços, mas estão no limite de suas forças e possibilidades. […] Ninguém discorda de que nas próximas semanas, talvez meses, a pandemia seguirá ceifando vidas, ameaçando, desafiando e entristecendo todos nós”, diz trecho da carta.
A vacinação em massa, com a maior brevidade possível, é a alternativa que se afigura como a mais recomendável e, provavelmente, a única capaz de deter a pandemia
“Nesse contexto, a vacinação em massa, com a maior brevidade possível, é a alternativa que se afigura como a mais recomendável e, provavelmente, a única capaz de deter a pandemia”, completa.
No documento, os governadores reconhecem que há uma procura massiva por vacinas em todo o mundo e o anúncio de novas aquisições feitas pelo Ministério da Saúde.
No entanto, eles apontam que é necessário agilizar os mecanismos de compras e explorar todas as formas possíveis de aquisição disponíveis, inclusive pedindo o apoio e intermediação da Organização Mundial de Saúde (OMS), se necessário, para aumentar em quantidades significativas o número de doses compradas.
“Se não tivermos pressa, o futuro não nos julgará com benevolência”, alertam os gestores.
Nova cepa
Conforme os governadores, a chegada e disseminação da nova variante do coronavírus no Brasil – possivelmente mais letal – é importante justificativa para que o país obtenha novas remessas de imunizantes, uma vez que é interesse de outras nações o bloqueio da transmissão desse vírus.
“No ritmo atual, infelizmente, atravessaremos o ano lamentando a irreparável perda de vidas, além da baixa expectativa de imunizar efetivamente todos os grupos prioritários”, aponta a carta.
“Esses imunizantes são hoje para o Brasil e para os brasileiros muito mais que uma alternativa ou medicamento: representam a própria esperança da população e, nesse sentido, nenhum governante pode correr o risco de não esgotar todas as possibilidades ou de procrastinar ações e procedimentos”, completa.
Veja a carta: